terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ana Terra

     Ana Terra de Erico Veríssimo é meu clássico predileto,o livro tem um conteúdo forte e emocionante como todos os livros do escritor gaúco. Ele nos conta a história de Ana ,uma jovem que associava os fatos importantes que ocorriam em sua vida com os dias que ventavam.
Num desses dias de vento,Ana saiu para lavar roupas no rio,foi onde encontrou Pedro,ferido na beira da água.Este foi socorrido pelo pai de Ana Terra,e por ali acabou ficando,ajudando os homens no trabalho do campo.
     Após algum tempo Pedro e Ana viveram um romance proibido,pois o rapaz não caía no agrado do velho Terra,que ao descobrir o fato manda os filhos matarem o moço.
Mas aí Ana já se encontra grávida,e nasce um menino,para quem ela se dedica inteiramente,por esse motivo ela é totalmente rejeitada pelo pai e os irmãos.Este livro foi muito especial pra mim,porque na minha adolescência o que eu tinha de mais importante era a companhia dos livros,eu odiava ser mulher,porque na minha opinião elas sofrem mais,Ana Terra também participa desse mesmo pensamento,pois mais tarde quando se torna parteira sempre que ajudava trazer ao mundo mais uma menina ela de certa maneira lamentava o fato. Este foi o livro que mais marcou minha vida de leitora,eu chorei,senti raiva e sofri junto com Ana Terra.
     Erico Veríssimo consegue dar vida para seus personagens de uma maneira impressionante e ainda hoje quando leio Ana Terra consigo me emocionar apesar de já não pensar em ser mulher como algo horrível,ainda vejo a personagem representando a vida de muitas mulheres nos dias de hoje. Esse é um livro que com certeza eu indicaria para alguém que quisesse fazer ima boa leitura.
Hoje,quando tem muito vento,entre todos os personagens de todos oslivros que eu li e que foram determinantes na minha vida,eu lembro de Ana Terra,porque ela não desistia nunca de lutar e essa influência positiva eu levarei sempre comigo.

Ana P. M. W.
Ps: Publiquei esse texto em homenagem a minha eterna amiga de infância, Ana. Nunca soube que capa teria o livro, porque todos os que eu li estavam rasgados. Então idealizei a minha própria personagem. As duas histórias se confundem nos embaralhados das minhas mais tenras lembranças.
Marci Hences